Psicoterapia com Adolescente

A adolescência é uma fase da vida particularmente difícil. Na fase inicial da adolescência, o jovem tem de lidar com a passagem da infância para a adolescência propriamente dita.
Na fase final da adolescência, o jovem tem de lidar com a saída da adolescência e a entrada no mundo adulto.
 
Na fase intermédia há inúmeras situações de grande tensão e conflito psíquico, porque o adolescente tem que aprender a lidar com um corpo e uma personalidade em permanente e rápida mudança.
 
Muitas vezes os adolescentes não apresentam uma verdadeira psicopatologia ou um quadro clínico bem definido. O adolescente tem de enfrentar no seu dia-a-dia muitas exigências no que respeita à relação consigo próprio, com o corpo, com os amigos e com a sua família. Estas exigências funcionam como pressões e fazem com que ele viva sentimentos e emoções extraordinariamente fortes e potencialmente desorganizadoras.
 
 A terapia com Adolescentes é bastante semelhante à terapia de adultos em seu formato, uma vez que, diferentemente da criança, o adolescente tem maior desenvoltura verbal para convesrar sobre seus problemas e, desse modo, aprender terapia novas estratégias para promoção de autoconhecimento e autonomia.
 
Na terapia o psicólogo busca um vínculo essencialmente com o adolescente, com quem ele tem compromisso de sigilo.
O sigilo é importante para que o adolescente possa de fato falar sobre seus problemas com confiança de que as informações serão resguardadas.
Desse modo,  podemos incluir a Orientação de Pais, desde que com o consentimento do adolescente, que tem o direito e a escolha de participar do encontro de seus pais com o  piscológo. 
 
Muitas vezes, o adolescente vai à terapia por sugestão dos pais ou indicação da escola. Em outros casos, pode sozinho decidir procurar ajuda. Há também algumas situações em que ele não concorda com a busca por terapia e vem “contra a vontade”. Nesses casos, procuramos junto com ele os seus próprios motivos (independentemente dos motivos dos outros) para estar ali. 

Alguns dos principais problemas que podem levar o adolescente à buscar por ajuda são:

  • Dificuldade de relacionamento com os pais e/ ou irmão
  • Dificuldades no relacionamento com seus pares (amigos, colegas, turma)
  • Timidez
  • Ansiedade
  • Dificuldade para compreender ou lidar com seus sentimentos
  • Dificuldade no autocontrole da agressividade
  • Problemas com regras e limites
  • Tristeza, sensação de inadequação
  • Bulling (sofrer e/ ou praticar)
  • Problemas de aprendizagem
  • Questões sexuais
  • Problemas em relacionamentos amorosos
  • Uso de drogas
  • Dificuldade para escolha da profissão

 

Problemas como estes não necessariamente configuram algum tipo de transtorno mental. 
  
Alguns exemplos de transtornos que podem ser diagnosticados na adolescência são: Depressão, Ansiedade Generalizada, Síndrome de Pânico, Transtorno de Conduta, Fobia Social, Transtornos Alimentares, Transtorno Bipolar, Transtorno-Compulsivo, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. 
 
A avaliação do paciente, no caso de haver alguma hipótese de transtorno, é fundamental para o seu diagnóstico e realizada de modo cuidadoso e muitas vezes ser multiprofissional, com a particpação de psiquiatra, neuropsicólogo ou fonoaudiólogo. É importante que todos estes profissionais sejam especialistas na área da adolescência, que guarda peculiaridades em relação às crianças e aos adultos. 
 
Se o adolescente tiver menos de 16 anos é importante que vá à primeira consulta acompanhado dos pais ou de um adulto da família. Após esta etapa o psicólogo irá definir com o adolescente e a sua família a melhor forma de o ajudar.

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