Também precisamos falar das mudanças psicológicas que a gestação promove. Imagine, você tem uma vida toda de existência. Tem seus gostos, preferências, planos, nome, sobrenome, profissão e sonhos. De repente, tudo isso muda e você precisa assumir uma grande responsabilidade: cuidar de outra vida. Muitas mulheres sentem esse conflito e não sabem muito bem quem são, o que é normal, já que a gestação é um momento de transformação. Por isso, é preciso muito amparo para que essas mães não se sintam perdidas e longe de sua essência. Assim, a chegada do filho é sentida com alegria e com menos frustração.
As mamães de primeira viagem podem se ver frustradas em diversos momentos. Elas sentem medo do parto, mas não contam. Elas se sentem despreparadas, mas escondem. Elas sentem vontade de ficar sozinhas, mas se culpam porque, onde já se viu uma mãe desejar estar longe do próprio filho? A verdade é que tudo isso passa, sim, pela cabeça da maioria das mulheres, mas muitas sofrem caladas porque, segundo a sociedade, o natural é que ser mãe seja sublime. Mas ninguém é sublime. Mães são seres humanos, também, e elas sentem, pensam e sofrem.